Os deputados estaduais progressistas Gerson Claro e Barbosinha protestaram durante a sessão de hoje (27) da Assembleia Legislativa contra a chuva de “Fake News” nas eleições deste ano
em Mato Grosso do Sul.

A ação combate diretamente as declarações do deputado João Henrique Catan (PL), que ocupou a tribuna da Casa para acusar o candidato ao governo do Estado, Eduardo Riedel (PSDB), e o
governador Reinaldo Azambuja (PSDB), de tentativa de censura e de ajuizar ações pedindo a cassação de seu mandato parlamentar.

Gerson Claro alertou para o fato de que as chamadas “Fake News” (notícias falsas) estão tomando conta do processo eleitoral, inclusive no plenário da Assembleia.

“Infelizmente, criou-se nesse país um jeito fácil de falar mentiras pela internet, e aí as pessoas passaram também a fazer isso aqui da tribuna. Se houve pedido de cassação, foi porque pediram voto aqui, dentro de um órgão público. A lei eleitoral não permite. A liberdade constitucional também tem limite. Precisamos falar a verdade para a população”, disparou.

O deputado esclareceu que nem Azambuja e nem Eduardo Riedel acionaram a justiça pedindo cassação de mandato, e sim a coligação que disputa o Governo do Estado.

“Não use a tribuna para fazer Fake News. O governador Reinaldo Azambuja não entrou com ação para pedir a cassação do seu mandato. Quem pediu foi uma coligação, porque entendeu que
quando o senhor pede votos da tribuna, fere a Legislação Eleitoral”, esclareceu.

Gerson prosseguiu lembrando que a mesma coligação provou na justiça que muitas outras inverdades foram espalhadas durante essas eleições.

“A coligação não entrou com ação somente contra ele. Entrou com mais de 100 ações contra Fake News no TRE, e já houve 56 decisões confirmando que as notícias eram falsas. Nós vivemos sob a égide da mentira. No parlamento a gente ganha com votos, com debate de projetos, e não desqualificando o outro e nem apresentando números falsos”, afirmou.

DESESPERO

O deputado Barbosinha endossou o discurso de Gerson Claro afirmando que a chuva de Fake News espalhada pelos apoiadores do candidato Capitão Contar (PRTB) demonstra apenas desespero.

“Não é só da tribuna desta Casa, mas na internet também. Recentemente a coligação ingressou com ação porque o deputado João Henrique estava propagando pesquisas eleitorais falsas. Eles
usam uma fala do presidente Bolsonaro lá do primeiro turno como se fosse atual, justamente porque não têm propostas de Governo”, disparou.

Barbosinha lembrou que os apoiadores de Contar passaram todo o período das eleições tentando disputar quem apoiava mais o presidente Jair Bolsonaro, aproveitando de seu prestígio no Estado.

“Quero mostrar números do primeiro turno: a nossa coligação teve 728.669 votos e a deles teve 65.251 votos. Totalizando essa soma, vemos quem realmente transferiu votos para o presidente”,
esclareceu.

Candidato a vice-governador na chapa de Riedel, Barbosinha finalizou dizendo que o Legislativo não pode permitir que a tribuna seja utilizada para ludibriar o eleitor, o que já vem acontecendo com frequência nos programas eleitorais de rádio e TV dos adversários.